Enquanto “capital de giro” se mantém como a principal razão relatada historicamente, sendo apontada por 39%, “reforma/ampliação do negócio” cresceu de 19% para 28%, seguido de “compra de máquinas e equipamentos”, que variou de 15% para 26%, de 2022 a 2023. Outros indicativos também apontam para um otimismo dos empreendedores sobre a economia, como a indicação de “compra de mercadorias” (19%), o “desenvolvimento de novo produto” (4%) e a “contratação e treinamento de pessoal” (2%) como motivos para buscar um empréstimo no mercado financeiro.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa mostra que os donos de micro e pequenas empresas estão buscando se preparar para uma perspectiva de aumento do consumo e aquecimento da economia, fatores que são esperados para os próximos meses.
O levantamento mostra que uma proporção maior de empresários está atrás de um empréstimo de maior qualidade, voltado para o fortalecimento do negócio. O fato de apenas 4% dos empreendedores procurarem empréstimos para refinanciar dívidas também é algo a ser celebrado.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
Veja abaixo os principais pontos constatados pelo estudo.
Finalidade do Crédito Solicitado em 2023:
A história de Vanessa é representativa dos 30 anos do Empretec no Brasil. Ao longo desse período, o Sebrae já capacitou mais de 300 mil pessoas, o que corresponde a 60% de todos os empreendedores capacitados com essa metodologia no mundo. Na noite de quinta-feira (21), um evento em São Paulo marcou a comemoração pelo aniversário do programa. A festa foi marcada por homenagens a gestores, facilitadores do programa e empretecos (como são chamadas as pessoas que participam do programa).
“Quem participa sai pronto para empreender”, declarou o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, em mensagem gravada na qual cumprimentou todos os envolvidos, ressaltando a atuação estratégica dos empresários capacitados para o crescimento da economia do país. “O Empretec é unanimidade e motivo de orgulho, é o principal programa de formação de empreendedores com reconhecimento internacional”, acrescentou.
Nossos dois verbos são servir e apoiar. O Empretec é a forma como servimos e apoiamos os empreendedores em suas trajetórias transformadoras e de sucesso e, também, de dificuldades.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional.
-
Transformação, sucesso, persistência e autoconfiança. Essa foi a síntese que os empresários fizeram do programa, ao serem questionados pelo apresentador Zeca Camargo a respeito dos principais comportamentos dos empreendedores que passam pelo Empretec.
“O programa me fez refletir muito. Saí renovado da capacitação”, lembrou o empresário mineiro Thiago Kempen, que, à distância, comanda empresas em Curitiba e Porto Alegre voltadas para o ramo da odontologia.
Em sintonia com as mudanças introduzidas pelas novas tecnologias no ambiente de negócios, foi anunciado o lançamento de uma nova modalidade do programa. O Empretec Arena, formato surgido para quem quer refazer o Empretec. Antes, os empreendedores só podiam fazer uma única vez. Agora, podem participar novamente por meio do Arena.
Interessados em participar devem procurar mais informações nos escritórios do Sebrae em seus estados, no telefone 0800 570 0800 ou pelo site www.sebrae.com.br/empretec.
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O levantamento também sugere uma taxa de sucesso significativo nos pedidos feitos junto às cooperativas, já que elas aparecem com 18% das solicitações feitas por empresários de pequeno porte, no último semestre, enquanto a Caixa liderou entre as instituições mais buscadas (25%), seguida pelo Bradesco (19%) e Banco do Brasil (17%). Já entre o total de solicitações aprovadas, as cooperativas representam perto de 29% (veja mais dados abaixo).
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa mostra que as cooperativas podem crescer ainda mais a sua participação no volume de crédito concedido aos pequenos negócios.
Passada a pandemia, quando governo federal e sistema financeiro tomaram medidas emergenciais para aumentar a oferta de crédito, os bancos voltaram a adotar uma postura mais conservadora com as MPE. Nesse contexto, as cooperativas são uma excelente alternativa para os empreendedores, apresentando taxas menores, menos exigências e burocracia
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“Juntas, Sicredi e Sicoob superaram o Banco do Brasil em número de operações de crédito aprovadas nos últimos seis meses, com base na amostra pesquisada”, acrescenta o presidente do Sebrae.
Créditorecusado
A pesquisa do Sebrae revela que falta clareza quanto aos critérios adotados pelos bancos para recusar empréstimos às MPE – 33% das empresas que tiveram o crédito negado não souberam explicar a razão ou não tiveram os motivos apresentados pelas instituições bancárias. Essa proporção havia registrado uma queda expressiva em 2022, quando 19% dos empreendedores não sabiam explicar o motivo para terem o crédito recusado.
Conta corrente (ou empresa) muito nova foi o segundo item mais citado (23%) pelos pequenos negócios entre as razões para a negativa de empréstimos. Já a recusa de empréstimo devido à inadimplência da empresa cresceu de 4% (em 2020) para 9% em 2023.
Veja abaixo mais detalhes sobre a pesquisa do Sebrae que ouviu empreendedores de todo o país
Banco em que conseguiu o empréstimo novo (últimos 6 meses):
Banco em que solicitou crédito novo (últimos 6 meses):
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados comprovam que os pequenos negócios continuam sofrendo com uma antiga e crônica dificuldade de acesso a empréstimos junto aos atores do sistema financeiro.
O volume de burocracia, a exigência de garantias e as altas taxas de juros funcionam como barreira que dificulta a vida das micro e pequenas empresas. Por essas razões, os empreendedores acabam buscando financiamento fora dos bancos e optando pelo cartão de crédito ou a negociação de prazo com os fornecedores. O acesso a crédito no Brasil é ainda um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento econômico e social do país de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae ainda destaca que o alto uso do cartão de crédito pelos empreendedores prova como seria danoso o fim do parcelamento sem juros para esse segmento. “Entendemos que taxar o parcelamento no cartão de crédito pode impedir o funcionamento de empresas e o consumo de famílias. Os pequenos negócios podem ser os mais prejudicados com a taxação, além de ameaçar o poder de compra do brasileiro”, enfatiza.
Após o cartão de crédito, a segunda modalidade de financiamento mais usadas pelos empresários de pequeno porte são pagamento de fornecedores a prazo (20%). Depois vêm cheque especial (7%), dinheiro de amigos e parentes (7%), chegando a empréstimo em bancos privados (7%) e empréstimo em bancos oficiais (4%).
A série histórica da pesquisa (iniciada em 2013) mostra uma queda significativa na modalidade de pagamento de fornecedores a prazo, que já foi a principal fonte de financiamento (67% dos empresários em 2015). Para o presidente do Sebrae, esse comportamento se deve ao enxugamento da maioria das fontes e ao aumento da participação dos microempreendedores individuais (MEI) no universo dos pequenos negócios no país.
Outro meio de financiamento que caiu significativamente foi o cheque pré-datado, que era citado por 46% dos empresários em 2015 e, na pesquisa deste ano, foi lembrado por apenas 4% dos entrevistados, a menor marca da série histórica.
Tipos de Financiamento buscados atualmente
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Como foi feita a pesquisa?
A pesquisa “O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil 2023” coletou 6.237 entrevistas por telefone no período de 1 a 30 de junho de 2023. Foram ouvidos microempreendedores individuais (MEI) e donos de micro e pequenas empresas dos setores de Comércio, Serviços e Indústria. A amostra é representativa do Brasil.
]]>Segundo o estudo, a confiança das micro e pequenas empresas (MPE) chegou a 93,9 pontos em agosto.
A economia como um todo melhorou, estamos vivendo um excelente momento e isso se reflete também nos pequenos negócios. Os empresários estão inclusive investindo em seus negócios, isso significa geração de emprego e renda
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae avalia ainda que as medidas que estão sendo tomadas pelo governo, como a elaboração de políticas públicas e iniciativas para dinamizar e modernizar os processos nas micro e pequenas empresas, além da redução da burocracia, podem fazer com que o cenário se torne mais robusto e favorável no curto e médio prazo.
Otimismo no curto prazo
A alta da confiança verificada em agosto foi motivada pelo otimismo das MPE em relação às perspectivas de curto prazo, já que o Índice de Expectativas das MPE (IE-MPE) avançou 1,6 ponto, para 93,6 pontos, revertendo em 44% a queda do mês anterior. Os indicadores que compõem o índice acompanharam essa alta, com destaque para o que mede a tendência empresarial no curto prazo, que subiu 3,3 pontos, para 94,1 pontos, retornando ao mesmo patamar de junho. Já o quesito volume de demanda prevista empresarial praticamente se manteve, ao avançar 0,2 ponto, para 87,8 pontos.
O Índice da Situação Atual das MPE (ISA-MPE), por outro lado, recuou 1 ponto, para 94,3 pontos, fazendo com que a diferença entre os índices – atual e futuro – caísse para 0,7 ponto, contra 3,3 pontos, em julho. O quesito volume de demanda atual empresarial foi o que apresentou a maior queda, de 4,6 pontos, para 94,7 pontos, seguido pelo indicador que mede a situação atual empresarial, que recuou 3 pontos, para 95,2 pontos.
Serviços
A confiança das micro e pequenas empresas do setor de Serviços (MPE-Serviços) subiu 0,6 ponto, batendo os 94,5 pontos em agosto. O bom resultado decorreu tanto da percepção dos empresários sobre a situação atual como quanto às perspectivas para o futuro.
O Índice da Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) retornou ao patamar de junho, impulsionado unicamente pelo quesito situação corrente, que contabilizou um aumento dos empresários que acreditam que “a situação está boa” e uma redução dos entrevistados que enxergam como “ruim”. Já o Índice de Expectativas das MPE do setor de Serviços (IE-S-MPE) subiu no que diz respeito à tendência dos negócios no curto prazo.
Comércio
Em agosto, o Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas do Comércio (MPE-Comércio) cedeu 1,5 ponto, caindo para 91,3 pontos. A queda, em agosto, foi motivada, exclusivamente, pela visão desfavorável do momento corrente, influenciado, sobretudo, pelo quesito que mensura o volume de demanda atual, considerada fraca pelos empreendedores.
Indústria de Transformação
O Índice de Confiança das Micros e Pequenas Empresas da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) cedeu 0,6 ponto e recuou para 94,7 pontos em agosto, mas insuficiente para reverter a alta de junho. A queda do índice foi influenciada tanto pelo momento presente quanto pelas expectativas de curto prazo. O comportamento do Índice de Confiança da Indústria de Transformação (ICI), divulgado pela FGV e que abarca todos os portes, foi parecido, ao recuar 0,5 ponto, chegando a 91,4 pontos. Ao comparar a confiança das micro e pequenas empresas com a confiança dos demais portes, a Indústria é o único setor em que a confiança do primeiro grupo é superior ao do segundo.
]]>A história de Vanessa é representativa dos 30 anos do Empretec no Brasil. Ao longo desse período, o Sebrae já capacitou mais de 300 mil pessoas, o que corresponde a 60% de todos os empreendedores capacitados com essa metodologia no mundo. Na noite de quinta-feira (21), um evento em São Paulo marcou a comemoração pelo aniversário do programa. A festa foi marcada por homenagens a gestores, facilitadores do programa e empretecos (como são chamadas as pessoas que participam do programa).
“Quem participa sai pronto para empreender”, declarou o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, em mensagem gravada na qual cumprimentou todos os envolvidos, ressaltando a atuação estratégica dos empresários capacitados para o crescimento da economia do país. “O Empretec é unanimidade e motivo de orgulho, é o principal programa de formação de empreendedores com reconhecimento internacional”, acrescentou.
Nossos dois verbos são servir e apoiar. O Empretec é a forma como servimos e apoiamos os empreendedores em suas trajetórias transformadoras e de sucesso e, também, de dificuldades.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional.
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Transformação, sucesso, persistência e autoconfiança. Essa foi a síntese que os empresários fizeram do programa, ao serem questionados pelo apresentador Zeca Camargo a respeito dos principais comportamentos dos empreendedores que passam pelo Empretec.
“O programa me fez refletir muito. Saí renovado da capacitação”, lembrou o empresário mineiro Thiago Kempen, que, à distância, comanda empresas em Curitiba e Porto Alegre voltadas para o ramo da odontologia.
Em sintonia com as mudanças introduzidas pelas novas tecnologias no ambiente de negócios, foi anunciado o lançamento de uma nova modalidade do programa. O Empretec Arena, formato surgido para quem quer refazer o Empretec. Antes, os empreendedores só podiam fazer uma única vez. Agora, podem participar novamente por meio do Arena.
Interessados em participar devem procurar mais informações nos escritórios do Sebrae em seus estados, no telefone 0800 570 0800 ou pelo site www.sebrae.com.br/empretec.
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O levantamento também sugere uma taxa de sucesso significativo nos pedidos feitos junto às cooperativas, já que elas aparecem com 18% das solicitações feitas por empresários de pequeno porte, no último semestre, enquanto a Caixa liderou entre as instituições mais buscadas (25%), seguida pelo Bradesco (19%) e Banco do Brasil (17%). Já entre o total de solicitações aprovadas, as cooperativas representam perto de 29% (veja mais dados abaixo).
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa mostra que as cooperativas podem crescer ainda mais a sua participação no volume de crédito concedido aos pequenos negócios.
Passada a pandemia, quando governo federal e sistema financeiro tomaram medidas emergenciais para aumentar a oferta de crédito, os bancos voltaram a adotar uma postura mais conservadora com as MPE. Nesse contexto, as cooperativas são uma excelente alternativa para os empreendedores, apresentando taxas menores, menos exigências e burocracia
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“Juntas, Sicredi e Sicoob superaram o Banco do Brasil em número de operações de crédito aprovadas nos últimos seis meses, com base na amostra pesquisada”, acrescenta o presidente do Sebrae.
Créditorecusado
A pesquisa do Sebrae revela que falta clareza quanto aos critérios adotados pelos bancos para recusar empréstimos às MPE – 33% das empresas que tiveram o crédito negado não souberam explicar a razão ou não tiveram os motivos apresentados pelas instituições bancárias. Essa proporção havia registrado uma queda expressiva em 2022, quando 19% dos empreendedores não sabiam explicar o motivo para terem o crédito recusado.
Conta corrente (ou empresa) muito nova foi o segundo item mais citado (23%) pelos pequenos negócios entre as razões para a negativa de empréstimos. Já a recusa de empréstimo devido à inadimplência da empresa cresceu de 4% (em 2020) para 9% em 2023.
Veja abaixo mais detalhes sobre a pesquisa do Sebrae que ouviu empreendedores de todo o país
Banco em que conseguiu o empréstimo novo (últimos 6 meses):
Banco em que solicitou crédito novo (últimos 6 meses):
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados comprovam que os pequenos negócios continuam sofrendo com uma antiga e crônica dificuldade de acesso a empréstimos junto aos atores do sistema financeiro.
O volume de burocracia, a exigência de garantias e as altas taxas de juros funcionam como barreira que dificulta a vida das micro e pequenas empresas. Por essas razões, os empreendedores acabam buscando financiamento fora dos bancos e optando pelo cartão de crédito ou a negociação de prazo com os fornecedores. O acesso a crédito no Brasil é ainda um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento econômico e social do país de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae ainda destaca que o alto uso do cartão de crédito pelos empreendedores prova como seria danoso o fim do parcelamento sem juros para esse segmento. “Entendemos que taxar o parcelamento no cartão de crédito pode impedir o funcionamento de empresas e o consumo de famílias. Os pequenos negócios podem ser os mais prejudicados com a taxação, além de ameaçar o poder de compra do brasileiro”, enfatiza.
Após o cartão de crédito, a segunda modalidade de financiamento mais usadas pelos empresários de pequeno porte são pagamento de fornecedores a prazo (20%). Depois vêm cheque especial (7%), dinheiro de amigos e parentes (7%), chegando a empréstimo em bancos privados (7%) e empréstimo em bancos oficiais (4%).
A série histórica da pesquisa (iniciada em 2013) mostra uma queda significativa na modalidade de pagamento de fornecedores a prazo, que já foi a principal fonte de financiamento (67% dos empresários em 2015). Para o presidente do Sebrae, esse comportamento se deve ao enxugamento da maioria das fontes e ao aumento da participação dos microempreendedores individuais (MEI) no universo dos pequenos negócios no país.
Outro meio de financiamento que caiu significativamente foi o cheque pré-datado, que era citado por 46% dos empresários em 2015 e, na pesquisa deste ano, foi lembrado por apenas 4% dos entrevistados, a menor marca da série histórica.
Tipos de Financiamento buscados atualmente
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Como foi feita a pesquisa?
A pesquisa “O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil 2023” coletou 6.237 entrevistas por telefone no período de 1 a 30 de junho de 2023. Foram ouvidos microempreendedores individuais (MEI) e donos de micro e pequenas empresas dos setores de Comércio, Serviços e Indústria. A amostra é representativa do Brasil.
]]>Segundo o estudo, a confiança das micro e pequenas empresas (MPE) chegou a 93,9 pontos em agosto.
A economia como um todo melhorou, estamos vivendo um excelente momento e isso se reflete também nos pequenos negócios. Os empresários estão inclusive investindo em seus negócios, isso significa geração de emprego e renda
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae avalia ainda que as medidas que estão sendo tomadas pelo governo, como a elaboração de políticas públicas e iniciativas para dinamizar e modernizar os processos nas micro e pequenas empresas, além da redução da burocracia, podem fazer com que o cenário se torne mais robusto e favorável no curto e médio prazo.
Otimismo no curto prazo
A alta da confiança verificada em agosto foi motivada pelo otimismo das MPE em relação às perspectivas de curto prazo, já que o Índice de Expectativas das MPE (IE-MPE) avançou 1,6 ponto, para 93,6 pontos, revertendo em 44% a queda do mês anterior. Os indicadores que compõem o índice acompanharam essa alta, com destaque para o que mede a tendência empresarial no curto prazo, que subiu 3,3 pontos, para 94,1 pontos, retornando ao mesmo patamar de junho. Já o quesito volume de demanda prevista empresarial praticamente se manteve, ao avançar 0,2 ponto, para 87,8 pontos.
O Índice da Situação Atual das MPE (ISA-MPE), por outro lado, recuou 1 ponto, para 94,3 pontos, fazendo com que a diferença entre os índices – atual e futuro – caísse para 0,7 ponto, contra 3,3 pontos, em julho. O quesito volume de demanda atual empresarial foi o que apresentou a maior queda, de 4,6 pontos, para 94,7 pontos, seguido pelo indicador que mede a situação atual empresarial, que recuou 3 pontos, para 95,2 pontos.
Serviços
A confiança das micro e pequenas empresas do setor de Serviços (MPE-Serviços) subiu 0,6 ponto, batendo os 94,5 pontos em agosto. O bom resultado decorreu tanto da percepção dos empresários sobre a situação atual como quanto às perspectivas para o futuro.
O Índice da Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) retornou ao patamar de junho, impulsionado unicamente pelo quesito situação corrente, que contabilizou um aumento dos empresários que acreditam que “a situação está boa” e uma redução dos entrevistados que enxergam como “ruim”. Já o Índice de Expectativas das MPE do setor de Serviços (IE-S-MPE) subiu no que diz respeito à tendência dos negócios no curto prazo.
Comércio
Em agosto, o Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas do Comércio (MPE-Comércio) cedeu 1,5 ponto, caindo para 91,3 pontos. A queda, em agosto, foi motivada, exclusivamente, pela visão desfavorável do momento corrente, influenciado, sobretudo, pelo quesito que mensura o volume de demanda atual, considerada fraca pelos empreendedores.
Indústria de Transformação
O Índice de Confiança das Micros e Pequenas Empresas da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) cedeu 0,6 ponto e recuou para 94,7 pontos em agosto, mas insuficiente para reverter a alta de junho. A queda do índice foi influenciada tanto pelo momento presente quanto pelas expectativas de curto prazo. O comportamento do Índice de Confiança da Indústria de Transformação (ICI), divulgado pela FGV e que abarca todos os portes, foi parecido, ao recuar 0,5 ponto, chegando a 91,4 pontos. Ao comparar a confiança das micro e pequenas empresas com a confiança dos demais portes, a Indústria é o único setor em que a confiança do primeiro grupo é superior ao do segundo.
]]>As empresas varejistas representaram 33% dos empreendimentos que receberam por meio da transferência eletrônica e totalizaram 23% das empresas que pagaram despesas com o Pix. No total, mais de 71 milhões de pessoas foram incluídas financeiramente com o método de pagamento, até dezembro de 2022. O número total de operações saltou de 1,4 bilhão, em dezembro de 2021, para 2,9 bilhões, em 2022.
A grande utilização do PIX como forma de pagamento nos pequenos negócios já havia sido apontada na 3ª edição da Pesquisa Pulso, realizada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou o pix como a principal forma de pagamento usada pelas MPE. Nos negócios comandados por mulheres essa proporção chega a 45% do total, enquanto nas empresas chefiadas por homens era de 37%.
De acordo com a analista da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Cristina Vieira Araújo, ainda há espaço para avanço das pequenas empresas no recebimento via Pix. “Este modelo de pagamento aumenta a eficiência, o recebimento dos recursos é imediato e pode melhorar a gestão do fluxo de caixa”, comenta. A analista avalia que a ferramenta ainda tem o desafio de gerar, de forma eficiente, cobranças em lote e adaptar os sistemas internos dos emissores de cobrança, para a automatização dos processos.
O Pix disponibiliza a facilidade de integração de sistemas, mas o processo exige desenvolvimento tecnológico por parte das empresas de soluções e de gestão empresarial.
Cristina Vieira Araújo, analista do Sebrae.
“Outra questão está relacionada aos pagamentos nos pontos de venda, tanto físicos quanto eletrônicos, que envolvem a necessidade de desenvolvimentos tecnológicos por parte de empresas de software de automação comercial, o que também demanda tempo de adaptação”, completa.
Conheça os 8 benefícios de usar o Pix, segundo o Sebrae:
O levantamento mostra uma evolução de 6 pontos percentuais quando comparado à edição anterior da pesquisa feita no último mês de abril, quando 69% do universo das MPE utilizava ferramentas digitais para impulsionar as vendas. Entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), a proporção identificada em julho é ainda maior (76%), enquanto as micro e pequenas atingiram 73%.
De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, o comportamento dos clientes mudou definitivamente, forçando as empresas a se adequarem a este novo modelo de consumo, incorporando as estratégias digitais ao negócio.
Essa é uma mudança que veio para ficar. No próprio portal do Sebrae, já havíamos identificado um crescimento de 220% na procura por conteúdos sobre o mercado digital, somando 8 milhões de acessos entre 2019 e 2022.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
Ainda segundo Décio Lima, a pesquisa mostra que é fundamental hoje que a pequena empresa tenha uma presença digital e que ela busque profissionalizar o uso de ferramentas como o WhatsApp e o Instagram para ampliar as vendas e fidelizar o cliente. “Toda empresa que abre as portas atualmente, já precisa nascer atuante nos dois ambientes, físico e digital”, destaca.
No entanto, Décio Lima ressalta que o número de empresas que ainda não utilizam a internet para comercializar seus produtos e serviços é ainda muito alto. “Essa é questão de sobrevivência para os pequenos negócios. Por isso, é importante estar inserido nesses canais digitais, usar de forma proficiente os recursos que a internet oferece”, comenta o presidente do Sebrae. As estimativas de comércio eletrônico, de acordo com as associações do ramo, apontam para um faturamento de R$ 186 bilhões em 2023.
Capacitação
Para apoiar os empreendedores nessa jornada, o Sebrae disponibiliza uma série de conteúdos e consultorias, inclusive por meio do próprio celular. “O dono do pequeno negócio pode encontrar orientação no Sebraetec, por exemplo, onde terá um passo a passo para montar sua loja virtual. Temos ainda o programa UP Digital, que oferece mentorias para quem quer aumentar sua presença digital, e os cursos on-line que podem ser feitos até pelo WhatsApp. Além disso, disponibilizamos uma série de conteúdos e estratégias voltados aos marketplaces que ajudam os empreendedores a criarem diferenciais da concorrência nas plataformas de vendas”, conclui Décio Lima.
]]>A queda no acesso ao crédito vai na contramão da procura dos empreendedores por empréstimos. De acordo com a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, o percentual de empresários que buscou crédito cresceu cinco pontos entre abril e julho – quando, no quarto mês do ano, 27% dos empreendedores tentaram obter empréstimo, contra 32% no início do segundo semestre.
Opresidente do Sebrae, Décio Lima, acredita que a criação de uma nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com aporte de R$ 600 milhões feito pelo Sebrae, deve diminuir as dificuldades de acesso pelas micro e pequenas empresas (MPE). “A expectativa é que esse aporte de garantias do Sebrae possa proporcionar até R$ 10 bilhões em empréstimos”, avalia.
Na visão do Sebrae, além de trabalhar para reduzir a taxa de juros, o país deve apoiar e estimular o surgimento de outros atores no sistema financeiro para ampliar e diversificar a oferta de crédito. As cooperativas de crédito e as Empresas Simples de Crédito (ESC), entre outros agentes, podem facilitar o acesso dessas empresas ao recurso tão necessário para a realização de investimentos que permitam a retomada do crescimento.
É preciso pensar o crédito para a MPE: o dono da padaria, aquela empresa do bairro. Estamos falando de quem movimenta a economia e gera emprego na ponta. Não podemos imaginar que o dono de uma micro ou pequena empresa pode obter crédito com essas taxas de juros atuais.
Queda da Inadimplência
A Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios mostra que apesar do cenário adverso no acesso a crédito, a inadimplência das MPE registrou queda no último mês de julho. De acordo com o levantamento, 25% dos pequenos negócios estavam com dívidas em atraso no começo do semestre. O resultado é 2 pontos percentuais inferior ao verificado em janeiro, quando a proporção de pequenos negócios inadimplentes havia registrado alta.
Apesar desse movimento, em julho, cresceu a proporção de pequenos negócios que têm 30% ou mais dos seus custos comprometidos por dívidas. Em abril, esse percentual era de 52% dos pequenos negócios. Já a pesquisa feita no começo do semestre mostrou que 56% das empresas estavam nessa situação.
Cai a pressão dos custos
O estudo do Sebrae revela também que as medidas do governo federal para controle da inflação e recuperação da economia estão gerando resultados positivos para os pequenos negócios. Pela primeira vez na série histórica, o aumento dos custos deixou de ser a maior preocupação desses empreendedores. O levantamento aponta ainda uma queda no percentual de empresários que relataram alta nas suas despesas nos últimos 30 dias. Houve um recuo de 10 pontos percentuais quando comparado com o levantamento feito no último mês de abril.
“Percebemos uma gradativa e consistente melhora nas condições gerais da economia brasileira. O dono do pequeno negócio já sente isso nos seus custos diretos com energia, combustíveis, entre outras despesas da empresa”, comenta o presidente do Sebrae.
De acordo com o levantamento, 32% dos donos de pequenos negócios apontaram o aumento dos custos como principal dificuldade enfrentada no mês de julho, o mesmo percentual de empreendedores que indicaram a falta de clientes como maior preocupação. Esse resultado é melhor do que o apresentado na pesquisa de abril (quando 38% estavam apreensivos com o aumento de despesas com energia, aluguel, combustível, matéria-prima etc.) e 10 pontos percentuais abaixo do número identificado na pesquisa de agosto de 2022.
Investimentos
Pouco mais da metade dos pequenos negócios (51%) realizou investimentos nos últimos três meses. Segundo a Pesquisa Pulso, o resultado é seis pontos percentuais melhor que o identificado em abril. O levantamento indica que os investimentos foram feitos principalmente em Máquinas e Equipamentos (26%), Instalações (9%) e Informática (7%).
]]>“Percebemos uma gradativa e consistente melhora nas condições gerais da economia brasileira. O dono do pequeno negócio já sente isso nos seus custos diretos com energia, combustíveis, entre outras despesas da empresa”, comenta o presidente do Sebrae Décio Lima.
“Apesar disso, os empreendedores ainda estão represando o aumento dos seus gastos ao consumidor para não perder vendas. O nível de endividamento das famílias ainda está reprimindo o consumo, mas acreditamos que o programa “Desenrola”, do governo federal, deve reativar a disposição dos brasileiros de voltarem a comprar, reaquecendo a economia”, acrescenta Décio Lima.
De acordo com a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, 32% dos donos de micro e pequenas empresas apontaram o aumento dos custos como principal dificuldade enfrentada no mês passado, o mesmo percentual de empreendedores que indicaram a falta de clientes como maior preocupação. Esse resultado é melhor do que o apresentado na pesquisa de abril (quando 38% estavam apreensivos com o aumento de despesas com energia, aluguel, combustível, matéria-prima, etc.) e 10 pontos percentuais abaixo do número identificado na pesquisa de agosto de 2022.
Ainda segundo o levantamento, cerca de 7 em cada 10 empresários haviam identificado um encarecimento dos custos em julho, bem abaixo dos quase 80% em abril deste ano. Apesar dessa constatação, a pesquisa mostra que os donos de pequenos negócios resistem à possiblidade de repassar esse aumento para os seus clientes. Mais da metade dos empreendedores (51%) mantiveram seus preços e apenas 8% passaram adiante, na integralidade, o aumento das despesas para seus clientes.
Principais números da pesquisa
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, considera que o saldo positivo de abertura de pequenos negócios no país é um reflexo da melhora do quadro econômico geral. Segundo ele, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o início da redução da Selic e a melhora do poder de compra das famílias influenciam positivamente no empreendedorismo.
Os indicadores positivos impulsionam o fortalecimento dos pequenos negócios que já existem, mas também são animadores para quem sonha em empreender e ser dono do seu próprio negócio. Não tenho dúvida do potencial do empreendedorismo brasileiro e o quanto as micro e pequenas empresas, assim como o MEI, são a base, a força e o fundamento para a retomada do desenvolvimento.
As microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) representaram saldo de 183,1 mil novas empresas abertas nos seis primeiros meses de 2023. O resultado deste ano foi o melhor dos três últimos semestres. O segundo semestre de 2022 apresentou saldo de 168 mil novas ME e EPP no país, enquanto o primeiro semestre daquele mesmo ano registrou 171,7 mil. O segundo semestre de 2021 apresentou saldo ´positivo 168,9 mil aberturas de pequenos negócios.
]]>Os números são de um levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera o saldo de empregos (contratação já descontadas as demissões). De acordo com o estudo, o resultado alcançado pelas MPE em julho de 2023 foi proporcionalmente melhor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando os empreendimentos de micro e pequeno porte responderam por 70% das vagas de trabalho.
No acumulado de 2023, o Brasil já conta com 1,2 milhão de empregos gerados, sendo 71% (825,4 mil) nas micro e pequenas empresas. Já as médias e grandes acumularam 191,7 mil novos empregos, representando 16,4% das contratações.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado confirma as boas expectativas dos empreendedores com a retomada da economia.
“A partir de indicadores cada vez mais positivos, somados ao controle da inflação e à perspectiva de continuidade na queda da taxa de juros, os donos de pequenos negócios estão retomando o otimismo. É a confiança de que o país é capaz de acelerar o ritmo de crescimento que faz os empreendedores criarem vagas de emprego”, comenta Décio.
Serviços continuam em alta
Os grandes destaques entre as MPE, em julho, foram os setores de Serviços (46,7 mil vagas), Construção (26,1 mil vagas) e Comércio (25 mil vagas). Entre as médias e grandes empresas, com exceção do Setor de Construção (-789 vagas), todos os demais setores apresentaram saldos de empregos positivos.
Similar ao que ocorreu em junho, salvo por uma pequena mudança na ordem das duas primeiras atividades, as principais ocupações no mês passado entre as MPE foram construção de edifícios (8,6 mil vagas), restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (5,8 mil), e transporte rodoviário de carga (4,4 mil). Já para as médias e grandes empresas, as principais CNAEs foram fabricação de álcool (3,4 mil), atividades de atendimento hospitalar (2,6 mil) e atividades de apoio à agricultura (2,2 mil).
No acumulado de janeiro a julho deste ano, continuaram liderando entre as micro e pequenas empresas as atividades de construção de edifícios (58,5 mil vagas), o transporte rodoviário de carga (36,7 mil) e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (34,2 mil). Para as médias e grandes empresas, no acumulado no mesmo período, as atividades de atendimento hospitalar (18,3 mil vagas), construção de rodovias e ferrovias (13,8 mil) e ensino fundamental (12,9 mil) continuaram liderando, à semelhança do que ocorreu em junho.
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